Foi desse jeitim

No show em que nos conhecemos ficávamos afastados do palco. Eu, Hélio, minha sis Paula e Camila. Conversávamos muito e, chamei pra andar um pouco. Ao chegar em um lugar com menos pessoas ele me pediu pra parar. Naquele momento tudo já era irreversível. Jamais conseguiria voltar atrás. Tinha poucas horas que o tinha conhecido, mas já era difícil demais ficar longe dele. As pessoas insistiam em passar por nós e aumentar ainda mais a ansiedade. O que eu me perguntava era como ia acontecer o inevitável. Como seria “o segundo que antecede o beijo”. Mas eles se foram depois de um tempo que parecia que nunca mais ia acabar. E não tendo mais nada o que fazer, aconteceu igualzinho à imagem.

“Estou sentindo até a alma beijada.” Foi o que escutei depois do nosso primeiro beijo.

Era isso mesmo que eu queria, meu senhor.

Carta ao grande amor

Este texto foi originalmente publicado no meu outro blog "Nesse instante". É fruto de uma discussão eterna que tenho com meu Amor a respeito do conceito de arte. Tudo termina em beijos e não em consenso.

Teresina, 04 de Outubro de 2010


Então, meu amor, ao passar por uma placa que continha o termo “educação artística” e escutar alguns acordes, olhei ao redor e foquei pela primeira no que as artes tinham em comum. Antes eu só fazia o processo inverso, tentava formular uma noção geral para depois enquadrar todas as artes, o que me era insatisfatório e me dizia que eu tinha que pensar mais sobre o que tornava uma forma de expressão uma expressão artística.
Fiquei imaginando qual era o ponto convergente e só conseguia pensar na palavra que já ditava a minha noção do que era arte: subjetividade.
Arte, definida apenas como “toda forma de expressão humana” a meu ver é muito abrangente porque algumas das formas de expressão do homem visam exatamente a objetividade. Ou a objetividade e a subjetividade unidas (a ciência humana, o direito, a medicina...). Dizer que a arte é toda forma de expressão é dizer que se faz arte a torto e a direito, no que não acredito. Acredito sim, que a arte engrandece o ser humano propondo a ele meios de dar vazão a idéias e sentimentos. Isso porque já foi dito e repetido que o ser humano não é a apenas objetivo. O ser humano é mais! Esse mais tem haver com a impossibilidade de limitar aquilo que é meramente objetivo. Não é dormir, é sonhar.
O senso estético é a arma da arte. Falo com a mesma autoridade de um telespectador.
Se pego, ouço, vejo, eu sinto. Eu consumo. Não interessa se a arte é erudita ou não. Subjetividade não escolhe classe social. Elitismo nas artes é só mais uma forma de diferenciação entre as pessoas.

Assim sendo, resumo assim a idéia de arte que formulei e que estou pronta para reelaborar ou aperfeiçoar:

Arte é o conjunto de meios pelos quais o ser humano suscita ou expressa a sua subjetividade.

E sabemos que subjetividade é semente que brota fácil, mas precisa de condições para se tornar flor.

Do seu amor,
Daiany.

Foi então que comecei a me apaixonar violenta, profunda e imediatamente

Precisamos urgentes campanhas, outdoor, cartilhas de esclarecimento. De graça, por instinto de sobrevivência, sugiro: Companheiro, facilite a vida para o ser ao lado! Não atrolhe sua vida, não atrolhe a vida alheia!

Caio Fernando Abreu

Caio Fernando Abreu

Também porque aconteceu outra coisa que, como Deus, eu pensava que não existia. Imagino que isso que chamamos de amor. Algo assim. Porque tudo que vivi e senti antes me parece agora bobagem, brincadeira.

Carta a Maria Adelaide Amaral

Eu te amo, besta!

As coisas que matam meu amor de rir. Não sei porquê.
Porque é a melhor coisa do mundo amar alguém que ri mil vezes da mesma piada.

O Sol viu a hora que voltamos.

O conhecimento é parte fundamental do nosso relacionamento(também acha, Amor?).
Nos conhecemos na Universidade e somos daqueles casais chatos que ficam discutindo teorias. Nos formamos na mesma semana e essas são as fotos da festa do qual Henrique não participou como anfitrião, mas fomos como convidados. Aconteceu em Março de 2010.

Aniversário surpresa do Rick, de 23 anos

Quando a gente chegou e ouviu o burburinho de todo mundo tentando se esconder eu só pude fingir que não sabia de nada (e nem tinha organizado tudo). Ele só disse:

"Eu não acredito!"

Quando, dias depois, ele disse que foi de longe o melhor aniversário que já teve, eu senti que tinha feito meu trabalho.

Que venha o de 2011!

Aniversário de 1 ano de namoro.

Sobre o que é esse blog.

Mesmo que você, Amor, ou você, querido visitante, saiba do que se trata esse blog, tenho a intenção de dizer: é sobre o que eu e Henrique chamamos de namoro, mas na verdade são registros da história linda do encontro mais especial que eu já vi. As coisas aqui não estarão em ordem cronológica, pois muitos dos momentos lindos que vivemos estão ainda muito vivos na nossa lembrança. Ainda que eu possa falar apenas por mim, sinto todos os dias nas palavras e no abraço do meu Amor que tudo que passamos juntos nesses um ano e quatro meses não é passado, é, ao contrário, nosso futuro.
Antes eu achava que o mais difícil em criar um blog era escolher do que ia se tratar. Mesmo assim já tenho meu blog “eclético”, onde falo na maioria das vezes de Ciências Sociais. Neste aqui eu pretendo registrar e arquivar aqueles pedacinhos materiais que ultrapassam a subjetividade e se tornam compreensíveis ou visualizáveis. Daqui uns anos, quem sabe, os nossos “filhos feitos de amor” se interessem em ver como seus pais construíram tudo o que vão conhecer.

Bem-vindos à minha história de Amor.
Isso aqui, meu amado, é pra você.

A resposta de Nana

Este é o email em resposta ao post anterior. Demonstra um pouco da digressão pela qual passei (passamos?) até nos encontrarmos. Vai lá, amiga:

Tu tem o talento de lembrar coisas legais que eu falo e nem percebo. Mas, isso ai eu devo ter falado mesmo, porque super concordo com tudo. Acho que quando é pra acontecer, não demora anos.
Lendo como tudo aconteceu, eu já gosto dele. Gosto de pessoas decididas, resolvidas, desmedidas e destemidas. Ele é dos meus e, além disso, é um gato. Fuçei mesmo o orkut dele.
Me responde esse email me contando como o ficaram a cara dos outros caras com queixo caídos por terem sido despreparadamente jogados pra escanteio.
Detalhe: estou completamente, totalmente, infinitamente orgulhosa dessa sua forma de se entregar. Quando as coisas são boas, elas serão boas; se forem ruins, acabarão sendo mais hora, menos hora então não adianta temer e nem se resguardar. Acho que isso você aprendeu comigo... hehehehehehehe
Quanto a mim, estou aqui cada dia mais apaixonada pelo Miguel. Todo dia aprendo uma coisa nova com ele e olha que ele ainda nem aprendeu a falar.

Beijoooo... te amo

Ps: ando com desejo de siriguela. Arruma umas pra mim?

Meu namoro

Nana, uma amiga amada pediu um email explicando como tinha sido esse encontro. O resultado é o melhor texto que descreve os primeiros dias com aquele que seria o amor que eu sempre tinha esperado:

Bem, segundo dia de Cumbuca Cultural (Evento de música anual em Teresina), meu amigo leva o irmão. O irmão é o Henrique, que tinha saído de um relacionamento há uma semana. No começo ninguém deu bola pra ninguém, ele estava lá só pra não ter que voltar pra pegar o irmão. Depois o meu amigo começou a ficar com uma amiga e fomos forçados a conversar. Descobri que o irmão dele já estava me mostrando, e tinha falado coisas muito boas de mim em casa. Bom, conversamos nerdisses, e foi crescendo a curiosidade. Rossana me chamou bem na hora que conversava com ele. Isso foi bom pq ela me enrolou meia hora e ele lá... esperando (depois ele me disse que ficou com ciúmes daquilo). Fomos andar, e eu já percebi toda a expressão corporal de quem quer ficar com alguém. Antes do show do Validuaté ficávamos sozinhos, mas sempre tinha alguém que vinha falar comigo. Outro ponto de anciedade. Mas depois de muito chegar perto, de muito demonstrar descaradamente que queria, ficamos. Cada música do Validuaté durava UM beijo.

Simplesmente fomos pra praça da Nossa Senhora de Fátima. Conversamos até amanhecer. Tomamos café aqui em casa e fomos DORMIR na casa dele. Almoçamos lá. Conheci a mãe dele. Química total, eu não imaginava desgrudar daquele cara...gostoso, carinhoso, inteligente... e um borogodó.... Perguntei: o que a gente faz agora? Ele disse: Me pede em namoro. Pedi e ele aceitou, mas foi de brincadeira. Pegou manga pra mim no quintal dele, me mostrou as coisas que ele gosta, conversamos muito... mas eu só conseguia ver aquelas costas, maravilhosas. Bom, na tarde de domingo ele me deixou na casa da Sávia. Enquanto eu tava lá, sem eu saber, ele juntou tudo que tinha da ex na casa dele e foi entregar. Simples assim. Disse que queria ser amigo dela, contou que estava comigo, como ela não quis ele saiu e foi me pegar. Viemos pra minha casa. Fizemos o acordo de deixar o passado pra lá e pedi ele em namoro de novo e ele aceitou. Dessa vez, sério.

Sempre me leva e traz da universidade. Pensei que não encontraria um cara que me mimasse, que fizesse tudo que eu quero, que fosse tão doido que nem eu, tão entregue. Está no último período de Direito e mora no Bela Vista. 22 anos e a Cinthya e a Railane e a minha irmã e outras pessoas adoraram ele... Só minha mãe que não entendeu nada.

Mas como tu diz, quando uma pessoa vem pra preencher um vazio ela faz isso no primeiro encontro.